segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Nossa necessidade de histórias (comparação)

O homem sente a necessidade de ouvir e contar histórias, isso não é diferente para ninguém, pois assim surgiu o famoso ditado que circula o meio jornalístico sensacionalista “aumento, mas não invento”. Existem grandes exemplos de que somos assim, um deles é a bíblia. Já citando ela, o intuito deste texto é mostrar como realmente há essa necessidade de contar e ouvir histórias, um deles que foi adaptado para cinema foi a Arca de Nóe onde foi quase evidente no segundo filme da série infantil A Era do Gelo, onde os animais fogem de uma possível enchente para se salvarem em um grande tronco em forma de Arca.

Mas o que vim mostrar hoje é sobre o mais recente filme de super-heróis da DC Comics, O Homem de Aço. Sua principal relação com a bíblia é especificamente com a história de Moisés.
Para quem não se lembra dessa história esse é um breve resumo. Moisés era filho de hebreus, um povo que foi escravizado pelos egípcios. Quando ele nasceu já havia sido decretado pelo faraó que os recém-nascidos do sexo masculino fossem jogados no rio Nilo, apenas deixando com vida, crianças recém-nascidas do sexo feminino. Sua mãe vendo que ele já era formoso após o nascimento o escondeu durante três meses, como não pode escondê-lo por mais tempo, o colocou em uma cesta e mandou que sua irmã o vigiasse para ver o que acontecia. Quando então a fila do faraó está se banhando no rio Nilo e encontra a cesta com o bebê dentro, no decorrer da história Moisés cresce se rebela contra os o reino egípcio e salva seu povo.
A história de um dos super-heróis mais conhecidos do mundo, o Superman, não é diferente, primeiro que sua origem veio de dois dos grandes nomes do mundo HQ, Joe Shuster e Jerry Siegel, dois judeus que foram os idealizadores e principais nomes dessa história que foi lançada em pela primeira vez pela Action Comics em meados de 1938, nos Estados Unidos. A vida de do Superman é claramente baseada na história bíblica.
O filme Homem de Aço, apesar de ser mais uma das diversas versões do quadrinho retrata muito bem as semelhanças. 1º, seu povo estava sendo em colapso politico e ambiental (mesmo caso dos hebreus), então quando criança, é enviada a outro mundo para se salvar da morte. Na sua infância vai aprendendo a cultura e hábitos e vendo o quão ruim as pessoas podem ser. Quando cresce ele enfrenta diversos problemas e vê um possível “imperador” (o vilão, “General Zod” / na história de Moisés o novo faraó) e liberta o povo humano de sua destruição (Moisés liberta o povo hebraico de sua escravidão). As  duas historias mais pra frente mostram os “heróis” como pacificadores e algumas vezes rejeitados pelos cidadãos, mas sempre denominados como calmos e serenos, isso identificando a Moisés como manso, segundo o  livro bíblico de Números 12:3.

Existem diversos símbolos que os assemelham:
- Superman criado por dois judeus;
- O nome Kal El significa filho das estrelas, relação criada pela bíblia cujo significado dos nomes era determinante para alguém naqueles tempos, e todo nome que terminasse com a silaba “El” era relacionado a Deus;
- Os dois quando bebês enviados a outro povo param se aclamarem libertadores, salvadores;
- Ambos rejeitados em determinados momentos de sua história;
- Relacionados a algo supremo: Clark Kent a uma outra civilização, Moisés a Deus.
Além desses existem outros diversos símbolos que liga a história dos quadrinhos com a história das escrituras sagrada.
Mas me responda, sentimos ou não a necessidade de contar e ouvir  histórias? Por mais que não percebamos criamos algo inédito como também adaptamos contos para nosso tempo!

Por: Samuel Araújo (Estudante de Jornalismo - UNISO)

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