segunda-feira, 10 de novembro de 2014

O som do coração


“Ouça! Consegue ouvir? A música... Eu consigo ouvi-la em qualquer lugar. No vento, no ar, na luz. Está ao nosso redor!”, é assim que começa um dos grandes filmes relacionados à música já lançados. Essa frase, em toda sua perspectiva, define a música como obra de arte.
Como todo filme, existem erros, mas, particularmente falando, nele é difícil de encontrar. Com uma produção, enredo e direção de fotografia bem elaboradas ele mostra que somos dependentes de música, por mais que alguém negue, em uma parte especifica da pessoa sempre haverá algum som, timbre, melodia ou nota que tocou seu coração.
O filme foi lançado em 2007 e a história se baseia em Evan Taylor (Freddie Highmore), um garoto que vive no orfanato e sente a música por todo lado. Sem contato com seus pais, ele afirma poder ouvi-los, por haver uma “ligação” entre eles. E ele acredita que todos os sons ouvidos são uma espécie de mensagem de seus pais que lhe traz um conforto e com isso busca encontra-los desesperadamente.
No decorrer da história ele se encontra com um assistente social que deixa seu cartão com o seu número para o garoto, para que ele ligue sempre que precisar. 
Através de flashbacks vemos que seus pais são: um cantor e guitarrista,  Louis Connelly (Jonathan Rhys Meyers), e uma violinista famosa, Lyla Novacek (Keri Russell). A história dos é bem breve, pois se conheceram e se apaixonaram em apenas uma noite, e por uma série de problemas acabaram se separando. Próximo ao fim da gravidez de Lyla, ela acaba sendo atropelada, e quando fica consciente é avisada por seu pai que o bebê não sobrevive. O casal sentia falta um do outro, pois sentiam a necessidade de estarem juntos não apenas como casal, mas como músicos. Evan então segue o som de seu coração em busca de seus pais, e no decorrer do caminho encontra Wizzard através de Arthur um garoto que tocava violão na praça enquanto Evan se deslumbrava com os sons da cidade. Com isso Evan se torna um garoto prodígio com o que Wizzard o ensinou e se auto intitula como August Rush.
Ocorrem diversas situações com o Evan/August. No entanto a melhor é quando ele encontra um reverendo que lhe da uma base musical e o leva à universidade de música. Onde os musicistas o reconhecem como verdadeiro prodígio e o convidam para apresentar um concerto, algo inédito, pois nunca um calouro, muito menos na idade de Evan/August, havia se apresentado num desses concertos anuais da universidade. Só que Wizzard quer ganhar dinheiro com ele, como fez com outras crianças e o encontra convencendo-o a sair da universidade.
No dia do concerto Evan está no metro com Arthur e Wizzard, mas decide fugir para se apresentar em seu concerto. Como ele não sabe onde é, acaba se deixando levar pelo som e chega até o Central Park (local do concerto). 
Começando a apresentação final, a de Evan, Louis corre até lá para assistir, com isso encontra Lyla se aproximando do palco, Louis segue e fica ao lado dela, segurando a sua mão. Lyla então olha para o seu lado e vê Louis. Quando a peça termina, Evan se vira para a multidão, e os três reconhecem-se uns aos outros.
Ao final é mostrada de longe o palco do Central Park e como narrador Evan diz, "A música é tudo o que nos rodeia. Tudo que você tem que fazer é ouvir".
O filme traz uma reflexão através do próprio titulo, traduzido ao português, “O som do coração”, ele deixa evidente a ideia de mostrar que a essência da vida está nas batidas, no ritmo do coração, que devemos deixa-lo nos conduzir. É possível entender isso devido a um roteiro bem escrito, a direção muito competente que conduziram atuações impecáveis de ambos os atores.
Certa aula, ouvi meu professor de teoria comentando a respeito desse filme. Deparei-me com ele falando a seguinte frase, “aquele filme é lindo, ele sim mostra que a música, a vida, enfim, tudo é ditado pelas batidas do coração”. De fato esse era a principal reflexão que a diretora quis deixar evidente no filme, como conseguiu.
Se você ainda não assistiu, assista e deixe sua opinião. Vale a pena ver!


Por: Samuel Araújo (Estudante de Jornalismo / UNISO)

Nenhum comentário:

Postar um comentário